30/05/07

Fábula

Um dia, numa expedição, um cachorrinho começa a brincar entretido a caçar borboletas e quando se dá conta já está muito longe do grupo do safari. Nisto, vê bem perto uma pantera a correr na sua direcção. Ao perceber que a Pantera o vai devorar, pensa rapidamente no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto e põe-se a mordê-los. Então, quando a pantera está quase a atacá-lo, o cachorrinho diz:
"Ah, estava deliciosa esta pantera que acabo de comer!"
A pantera pára bruscamente e desaparece apavorada pensando:
"Que cachorro corajoso! Por pouco não me comia também!"
Um macaco que estava numa árvore perto e que tinha assistido à cena, vai a correr atrás da pantera para lhe contar como foi enganada pelo cachorro. Então, a pantera furiosa diz:
"Maldito cachorro! Agora vamos ver quem come quem!"
"Depressa!" - disse o macaco. - "Vamos alcançá-lo."
O cachorrinho vê que a pantera vem de novo atrás dele com o macaco às cavalitas...
"O que faço agora?"
O cachorrinho, em vez de fugir, senta-se de costas para a pantera como a não visse e, quando esta está quase a atacá-lo, diz:
"Raios partam o maldito macaco! Há meia hora que eu o mandei trazer-me outra Pantera e ele ainda não voltou!"
Moral da história:
"Em momentos de crise, a imaginação é mais importante queo conhecimento" Albert Einstein

Beijokas e um Xi-Y

17/05/07

Vamos lá brincar à CIÊNCIA

A brincar também se aprende, e é com este intuito que hoje estou a postar estas experiências, retiradas do site da SIC e referentes a um programa que este canal transmitia, o "Mega Ciência". Assim, deixo-vos algumas das experiências que eu escolhi, mas há muitas mais para descobrir. Algumas delas, devem de ser acompanhadas e vigiadas por adultos, devido À utilização de electrodomésticos, produtos mais complexos ou devido às reacções provocadas. Espero que gostem e que se divirtam aprendendo ...

Geometria e Ilusões
Muitos povos do passado utilizavam as propriedades da geometria para mediar áreas e volumes. E a geometria pode mesmo ajudar a deslindar ilusões de óptica!
Povos como os babilónios e os assírios conseguiram reunir muitos conhecimentos nos campos da astronomia e conseguiam calcular áreas de triângulos e quadriláteros, volumes de prismas e de pirâmides. Mas há pequenos pormenores que fazem toda a diferença no que toca a iludir aquilo que vemos. Nesta experiência é possível observar a construção de um triângulo rectângulo a partir de quatro figuras geométricas distintas. No entanto, se a posição dessas mesmas figuras geométricas for alterada para construir um triângulo rectângulo igual ao primeiro, algo de muito curioso! A construção vai permitir criar um triângulo rectângulo com buraco. Mas será que este é um verdadeiro triângulo? A ilusão óptica vai levá-lo a ver um triângulo, mas a geometria vai revelar que aquilo que parece uma linha recta no triângulo não o é!

A força do Papel
Acha possível partir um pedaço de madeira utilizando apenas uma folha de jornal? Descubra como a ciência o ajuda a fazer o impossível sem qualquer dificuldade!
Coloque uma régua sobre uma mesa, numa posição perpendicular ao bordo da mesa, com cerca de 1/3 do comprimento da régua de fora. A seguir, coloque a folha de jornal sobre a parte da régua que se encontra sobre a mesa, alinhando-a com o bordo da mesa. Atenção:Para que a experiência funcione é muito importante que a folha esteja bem alinhada com o rebordo da mesa. Ela também tem de estar bem centrada e bem assente e espalmado no tampo da mesa (se houver ar debaixo do jornal ele vai levantar voo). Agora é preciso aplicar um golpe rápido e seco sobre a parte da régua que está do lado de fora da mesa. O segredo está na folha de jornal e no ar! Para partir a régua é utilizada a força do jornal, mas também a força do ar. O ar que existe na atmosfera exerce pressão sobre o jornal e impede que levante voo quando se aplica o golpe na régua. Ao nível do mar, a pressão atmosférica é de cerca de um quilograma por centímetro quadrado. Isto quer dizer que, a esse nível, cada centímetro quadrado de uma folha de jornal está sujeito à acção de uma força correspondente à exercida por um corpo de um quilograma. Uma folha de jornal aberta com cerca de 60 centímetros de comprimento e 35 centímetros de largura, possui uma área de cerca de 2100 centímetros quadrados. Por isso, é como se existissem mais de duas toneladas a exercer pressão sobre o jornal. É assim que se torna muito fácil partir um pedaço de madeira! Sem truques ou ilusões...basta a ajuda da ciência!

Material:
- régua de madeira (não muito grossa) com 30 centímetros de comprimento
- folhas de jornal

Mergulhos
Sabia que o peso e a água têm uma relação muito próxima? Aceite os desafios da ciência e fique a saber mais!
O que é que acontece quando entra numa banheira cheia de água para tomar um banho de imersão? O nível da água sobe. Aliás, se a banheira estiver muito cheia pode até deitar por fora! E o que acontecerá ao nível da água se colocarmos um peso dentro de um barco que se encontre a flutuar? Pense bem...o nível da água sobe, desce ou mantém-se o mesmo? Neste caso, o nível da água também vai subir. O que talvez não saiba é que o peso colocado no barco deslocou uma quantidade de água equivalente ao peso em si. Por isso, se colocarmos um quilograma dentro do barco, vai ser deslocado um quilograma de água, ou seja, num litro. E se complicarmos ainda mais esta experiência, a ciência vai entrar em acção para nos deixar espantados! Se retirarmos peso de dentro do barco e colocarmos esse mesmo peso dentro da água, o que é que irá acontecer ao nível da água? Incrivelmente, o nível da água vai descer! (Poderá não descer o volume exacto equivalente ao peso que lá foi colocado, mas isso tem a ver com a densidade do peso.Por exemplo, um saco de areia com um quilograma é muito denso e não ocupa o espaço de um litro de água). É a ciência...dentro de água!


Frigideira de Papel

Acha que é possível cozinhar em papel? Por mais incrível que pareça, veja como se frita um ovo numa frigideira de papel!
Em primeiro lugar, é necessário construir uma espécie de frigideira. É preciso um bastidor, uma pega e uma folha de papel. A folha de papel deve ficar bem estendida e presa no rebordo do bastidor. Depois é preciso borrifar o papel com um pouco de óleo para que o ovo não fique agarrado ao papel. A seguir, deite o ovo na "frigideira" e coloque-a a alguns centímetros acima das chamas do bico do fogão. Atenção: deve agitar continuamente a "frigideira" para que o papel não fique escuro. Porque é que o papel não pega fogo? Tanto a clara como a gema do ovo contêm muita água. Por isso, quando o ovo é aquecido, essa água aquece. Quando atinge os 100 graus celsius, a água passa para o estado gasoso e transforma-se em vapor (ponto de ebulição). Assim, durante todo este processo, a temperatura mantém-se constante e o papel não aquece o suficiente para pegar fogo. Ou seja, a temperatura da “frigideira” não ultrapassou o ponto de ebulição da água ATENÇÃO!!!
Não é aconselhável comer este ovo, porque ele pode ser contaminado pelas porções “chamuscados” do papel
As crianças não devem reproduzir esta experiência sem a supervisão de um adulto.
Estas experiências foram retiradas do site http://sicprogramas.sapo.pt/sicprogramas/index.php?headline=46&visual=9. Aqui, poderão ver estas e outras experiências também em video.
Beijokas e um Xi-Y

15/05/07

QUEM COMEMORA ANIVERSÁRIO CONTIGO ???

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Poesia Matemática

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
frequentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

by Millôr Fernandes,
in "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954,
publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.